18 de fevereiro de 2013

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Isso vale no feminino também: psicólogas e psicólogas.

Não faço ideia de quantos psicólogos atendendo em consultório existem em São Paulo. Sei que são muitos. Centenas. Milhares talvez. Sem exagero. E isso gera vantagens e desvantagens na hora de escolher um para se chamar de "seu".

A vantagem é a conveniência de se poder escolher alguém que esteja a uma melhor localização no seu itinerário, além de atender suas expectativas como profissional, no que se refere à especialidade ou método de trabalho. Porque, convenhamos, não ter que cruzar a cidade e ficar horas no congestionamento toda semana estimula a continuidade do tratamento. Ter um leque grande de opções também te permite optar o sexo e a faixa etária do profissional, o que pode estimular/facilitar o primeiro contato.

Não estou dizendo que a escolha de um psicólogo depende apenas de fatores externos de comodidade ou de simples preferência. Longe disso! Apenas coloco que, em cidades como São Paulo, onde há dificuldade de trânsito e uma oferta muito grande de profissionais, as pessoas podem tentar tornar a tarefa menos difícil inserindo a terapia no seu cotidiano, de forma a causar menor impacto possível na logística de deslocamento. E também podendo optar por profissionais com quem se sentirão mais à vontade e seguros para se tratar.

É claro que um bom profissional estará habilitado e capacitado a receber a pessoa que chegar em seu consultório mas, bem mais que um tratamento médico, o tratamento psicológico depende em boa parte da colaboração do paciente. Assim, tudo que puder ser feito à favor dessa relação será benéfico para os resultados.

E a maior desvantagem, como já era de se esperar, é a oferta em demasia que coloca profissionais não preparados na mesma leva dos mais esforçados, confundindo ainda mais quem está procurando. Assim, se você está procurando um tratamento psicológico por conta ou apenas recebeu orientação para procurar atendimento psicológico e não um encaminhamento para um profissional específico, talvez as dicas a seguir possam ajudar:

Onde encontrar seu psicólogo?

- peça indicação para alguém, de sua confiança, que conheça algum profissional da área.

Como existem muitos psicólogos que trabalham cada um com uma especialidade, talvez seja interessante pedir sugestões de pessoas que já passaram com algum profissional e recomendam o trabalho. Se o caso não for da área de atuação dele ou se ele atende ou atendeu alguém muito próximo (um parente ou um amigo) talvez ele prefira te encaminhar para outro profissional. Mas, com certeza, ele terá uma indicação para te passar.

- procure uma instituição ou um serviço público de atendimento psicológico em sua cidade

Além de ter baixo custo (ou nenhum dependendo do local), eles fazem triagem e atendimento conforme sua necessidade. Se não for possível ou se não for de seu interesse o atendimento no local, existe um cadastro de profissionais vinculados à instituição e você pode receber encaminhamento para um desses profissionais cadastrados.

- em jornais, revistas e internet

Não tem como negar que é uma forma de encontrar sim um psicólogo, principalmente uma forma rápida e fácil. Nem vou tapar o sol com a peneira e condenar a internet (estaria sendo até contraditória) que possibilita o profissional disponibilizar uma infinidade de informações, sejam elas verídicas ou não. Mas é fato que procurar nesses meios vai depender muito do seu bom senso e ainda mais da sua sorte, tamanha oferta existente.
- na lista de profissionais conveniados ao seu plano de saúde, sindicato, associação, etc.

Como escolher seu psicólogo?

- conferir se ele é psicólogo

Pode parecer bobagem mas é sempre bom vereficar se a pessoa tem sua situação em dia com o conselho da sua região e/ou com o Conselho Federal de Psicologia. No caso de psicanalistas, é preciso ter nível superior completo, não necessariamente em Psicologia. Isso garante pelo menos que a pessoa é um profissional que terminou o curso superior, está a para da conduta ética e profissional e pode ser questionada por seus atos em atendimento. Basta conferir se o nome e/ou número de inscrição está ativo ligando para o conselho da região.

- conferir as técnicas utilizadas

Pergunte qual a técnica e/ou linha teórica que ele utiliza para o tratamento e verifique junto ao conselho se é uma prática aprovada para a categoria. Por exemplo: um psicólogo nunca prescreve medicamentos, mesmo que fitoterápicos.

- "testar" alguns antes de decidir

Se tiver disponibilidade (em todo os sentidos), sugiro conhecer pelo menos dois profissionais, que utilizam métodos diferentes de trabalho, antes de iniciar um tratamento. Psicoterapia e psicanálise, por exemplo. Isso possibilita verificar com qual técnica você se identifica mais.

- empatia

Talvez seja o critério mais importante na escolha do profissional já que é a pessoa para quem você vai ter que contar suas questões mais íntimas, confessar coisas que não falaria à ninguém, de quem terá que ouvir algumas boas verdades e com quem terá que estar entre quatro paredes pelo menos uma vez por semana durante certo período tratando de questões apenas a seu respeito. Convincente?

Boa sorte!

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